segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Dona de uma noite sem fim...


Ser eu dona de uma noite sem fim...sem barreiras...
entranhar-me no vento gélido de cada anoitecer...
vaguear solitária pelas sombras...ter sede da vida...e viver na morte...
ser um corpo sem memória nem passado...
ser um coração a bater na eternidade...
andar pela imensidão do mundo...sem nunca ficar em parte alguma...
ser uma alma condenada a perseguir a escuridão...
ter asas que voam sem pesar...
Deixar fluir todos os meus desejos mais secretos...
ser o olhar que brilha na penunbra...as mãos que tocam o infinito...a voz que vem do fundo das treavas....
ser a alma almadiçoada...que perdeu a esperança...
Com toda uma eternidade à sua espera...bebendo sempre de mais um luar...

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