sábado, 31 de março de 2012

A cada dia que passa eu sinto menos vontade de viver...é um aborrecimento que não passa...uma angústia que permanece entranhada em mim...um desconforto constante que me domina.
Eu já me deveria ter habituado a esta sensação...nem deveria achá-la estranha...
A verdade é que já se tornou o meu estado normal...já nem "sei" viver de outra forma...
Mas, estou farta...farta de passar pelos dias assim...

quinta-feira, 29 de março de 2012

The more I breathe, the more I feel I can’t breathe anymore.
The nights are so long and
The days don’t seem to get me busy enough.
Lights are a cure to my blindness.
The dark covers my scars.
Somewhere along the way I’ve wasted so much energy. I still do.
I’m becoming the person that I never wanted to be…every day I do something that little by little turns me into it…

terça-feira, 27 de março de 2012

Estou tão triste.
A vida nada mais é que uma alucinação para mim.
Estou cega… tão cega…
Já não consigo decifrar as imagens que vejo.
Já não sei que vozes deva ouvir.
Estou tão cansada.
Quero partir… não daqui… não para qualquer outro lugar… quero partir simplesmente...
Estou cansada da vida. Não desta vida que estou a viver agora.
Estou cansada da vida em geral. De toda a minha vida. Desde o dia em que nasci até ao dia de hoje.
E não estou triste por isso. Sei que não há nada mais para mim nesta existência.
A única coisa que sinto é cansaço. Um cansaço já envelhecido no meu corpo e na minha alma.
Estou cansada de pensar sempre que vai passar, mas nunca passa…
Eu quero desistir.
Mas sim… eu sei…não o posso fazer…
Custa-me imenso admitir isto, mas todos os dias – desde há algum tempo – acordo e peço que aconteça algo…algo massivo…uma destruição apocalíptica
E, posto isto, não posso esperar amor da parte do mundo, uma vez que eu sou incapaz de sentir amor pelo mundo…

segunda-feira, 19 de março de 2012

Há lugares onde gostaríamos sempre de poder regressar… memórias de um tempo em que acordar a cada dia era mais fácil…
Dias em que as horas passavam facilmente sem que as notássemos…
Há lugares que permanecerão para sempre gravados na nossa mente… presos a uma música qualquer que por acaso ouvimos… presos a palavras que eventualmente escutamos algures sem esperarmos…
Há vidas perdidas em infâncias incompletas… anos que passaram depressa demais sem que tenhamos tido oportunidade dos viver…
Há palavras que desejávamos ter dito… outras, porém das quais nos arrependemos tantas vezes de sequer as ter pensado…
Há um desespero emergente em nós em cada vez que ousamos cruzar a fronteira do tempo e, por segundos, abandonamos o presente e colocamo-nos naquele momento que teima em não nos deixar seguir em frente…
Há uma criança em nós... Que não quer crescer… que ainda brinca até ao anoitecer sem preocupações… que não quer saber nada das coisas sérias do mundo… que vive na inocência dos longos dias de verão...
Há uma adolescência inacabada em nós… cheia de revoltas… inseguranças… medos… futilidades…
Um dia acordamos e o mundo diz-nos que somos adultos.
Preparados ou não, eis-nos no mundo dos crescidos… o mundo para o qual sempre tentaram fazer-nos crer que não estávamos preparados para enfrentar… e que de um dia para o outro nos empurram para ele…
O que fazemos agora?
Seremos a criança… viramos as costas e vamos brincar que o sol ainda não se pôs?
Seremos o adolescente e revoltamo-nos e fugimos de casa?
Ou seremos o adulto construído á pressa em nós… inventado á custa de comportamentos copiados?
Somos apenas uma construção de alicerces frágeis.
A uma mínima rajada de vento de entramos em colapso.
Somos obrigados a crescer. Ter responsabilidades. Encarar a vida.
Trabalho. Dinheiro.
A vida de adultos baseia-se nestas duas premissas.
Temos que ter um trabalho. Qualquer. Qualquer ocupação que nos permita receber dinheiro em troca. Dinheiro esse que vamos passar o resto da vida a perseguir. Dinheiro que sentimos que temos que ter... Para comprar todas as coisas de que não necessitamos… mas que a sociedade nos faz acreditar que não somos ninguém sem elas…
Temos que encher uma casa com objectos que de nada servem.
Temos que comprar roupa.
E tudo e tudo…
O resto da vida será apenas um ciclo vicioso de consumismo.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Sí, es que a veces llueve toda la noche. Y hace muy frio.
Sí, es que a veces miras el mundo con los ojos cerrados y solo miras a oscuridad.
No tengas miedo. Te lo digo hoy.
Sí, a veces yo tengo mucho miedo.
Sí, yo he perdido mi vida a causa del miedo.
Si, yo podría perderme en las calles por días...solamente a buscarme.