sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A loucura é um caminho tão legítimo quanto qualquer outro.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O tempo passa-nos…e nós, na nossa felicidade cega e ignorante, julgamos que somos nós que passamos o tempo…

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

"Ha Ha You're Dead"

Está a acabar…vês?

Estás a sucumbir!
Pouco a pouco te consomes.
É tão triste…e tão caoticamente cómico.
Há coisas que foram feitas para acabar por ser extintas.
É uma pena…
Não vês? Eu não consigo parar de rir.
Há pessoas que choram nestes momentos.
Há pessoas que choram em imensos momentos.
Eu choro em muitos momentos, mas não neste.
Estás a sucumbir…a esvair-te para sempre…
Sabes, sonhei com isto imenso tempo.
Vai…deixa-te ir…nada podes fazer agora!
Há pessoas que são mais belas quando estão a ser destruídas.
Há pessoas que apenas são belas quando já não existem.

"O bater de asas de uma simples borboleta pode influenciar o curso natural das coisas e, assim, provocar um tufão do outro lado do mundo."

As coisas que fazemos nunca são neutras, como muitas vezes julgamos que sejam...gostamos de nos enganar...pensar que não tem importância..."foi só desta vez"..."uma vez por acaso"..."ninguém viu/ouviu"...mas eu acredito que o acaso é algo que não existe...e que nada é feito "por acaso"...toda a acção tem o seu resultado correspondente…mesmo que às vezes demore imenso tempo a se observar esse resultado… E é isso que nos leva a julgar que há acções neutras, apenas pelo facto de não vermos as consequências (positivas e/ou negativas) imediatamente…
Mas eu acredito no “efeito borboleta”…qualquer acção, por mais pequena e insignificante que possa parecer altera tudo o resto…todo o percurso “natural” do caos…qualquer acção pode provocar ou evitar um certo acontecimento.
Nós temos uma necessidade extrema de expiar todas nossas culpas, por isso “optamos” por acreditar que há coisas que fazemos que não terão quaisquer repercussões no futuro…gostamos de pensar que somos inocentes…que estamos ilibados só porque o que fizemos pareceu (aos nossos olhos) passar completamente oculto ao resto do mundo.

domingo, 24 de janeiro de 2010

E passavam-se horas…dias…semanas…meses…anos até…e eu…eu nunca chegava…parece que fazia de propósito…

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

I HATE...

I hate all the colors of the rainbow.
I hate all the songs.
I hate the Spring, the Summer, the Fall and the Winter.
I hate the day and the night.
I hate all the sounds and the silence.
I hate Mondays…and all the rest of the days in the week.
I hate busy days and I hate lazy days.
I hate all my shoes and all my dresses.
I hate all the twelve months of the year.
I hate Carnival, Easter and Christmas.
I hate movies.
I hate my hair and my nails.
I hate birthdays.
I hate books and magazines.
I hate rainy days and sunny days.
I hate pepper as much as I hate salt.
I hate all the languages in the world.
I hate glass, paper and plastic.
I hate trees and flowers.
I hate cold as much as I hate heat.
I hate sand and I hate water.
I hate walls, doors and windows.
And I hate poems so much that make sick.
I hate darkness and I hate light.
I hate all the kinds of emotions and feelings.
I hate my bed and my pyjamas.
I hate pencils and pens.
I hate forks, spoons and knives.
I hate cigarettes and wine.
I hate tears as much as I hate smiles.
I hate sunsets and sunrises.
I hate birds and fishes.
I hate all the Oceans and Continents of the world.
I hate laundry machines and vacuum cleaners.
I hate teams and supporters.
I hate TV and radio.
I hate translations, subtitles and quotations.
I hate rice, potatoes and oranges.
I hate sins and virtues.
I hate bad and good.
I hate everything.
I hate to love and I only love to hate…even the things I love…just because….no reason at all…just for fun…just because I have nothing better to do.
I’m good hating things, it’s something that makes me happy…even though I hate happiness so much that I can’t stand it.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Manobras de diversão

Eu enganei-me. Enganei-me repetidas vezes. Enganei-me e continuo a enganar-me.
Parece que o engano surge na minha existência passiva e naturalmente.
Engano-me constantemente…e pior ainda…dou aos outros o poder de me enganarem também…apesar de saber à partida que o estão a fazer.


Sou hipócrita. Não planeei sê-lo mas a vida assim o proporcionou. Não penso muito nisso. Nem vou pensar agora.


Não sou interessante. Nada. Nem um pouco. Tento apenas transpor algum interesse para as várias personagens que vou criando…tudo não passam de simples manobras de diversão…
Se me divirto? Nem sempre…a maioria das vezes é mais aborrecido do que se possa pensar…


Mas eu enganei-me. E não há muito que possa fazer quanto a isso agora. Enganei-me na direcção. Na porta. Na rua. Nas palavras. Nos gestos. Nas escolhas.
Escolhi a personagem errada para cada uma de todas as situações.
O texto errado na história errada…
A farsa tornou-se tão grande que eu me enredei nela, deixando de conseguir distinguir a realidade da ficção (alucinação?).


Tenho um problema enorme com factos concretos. È extremamente complicado para mim ter que admitir que o branco é branco…o preto é preto…e pronto…não há mais nada para além disso. Tenho dificuldades em interpretar a realidade…em descrevê-la e assimilá-la. Suponho que a vejo sempre de forma transfigurada. Dificilmente consigo fazer boas descrições e dar opiniões fundamentadas sobre os acontecimentos reais.
Não lido bem com a objectividade, aliás abomino-a. Não me preenche. É demasiado simplificada.


E por isso me engano tanto…porque vagueio o tempo todo na imensidão absoluta e emaranhada da subjectividade. E as coisas nunca são o que são…são sempre outra coisa qualquer…
E a subjectividade é traiçoeira…cria imensos enigmas em meu redor… e eu engano-me uma e outra vez sem intervalos…
E,assim, as personagens estão deslocadas…não encaixam no enredo da história…e enganam-se…e enganam-me…


Deixei o drama…vou voltar à comédia...

domingo, 10 de janeiro de 2010

O grito. Empalhado em cima da mesa. A sucumbir num caótico nada.
O silêncio. Refugiado atrás da porta. Desventrado.
A loucura. Sufoca no moroso gotejar de sangue na entrada.
A dor. Nos restos de cigarros apagados no cinzeiro. Cinza.
A agonia. Esmorece suavemente na poesia morta dos degraus das escadas.
Não há mais nada.
É um facto.
Às vezes, pensamos que tudo está perdido, quando, na verdade, simplesmente ainda nem tenhamos procurado nada.
Andamos por aí…cegos…percorrendo caminhos que não nos levam a parte alguma…julgamos que estamos a chegar a algum lugar…mas movemo-nos em círculos…e acabamos sempre por voltar ao local de partida…
E pensamos que tudo está perdido…mas tudo…é muito relativo…o tudo é no fundo…nada…
Obcecamos até à exaustão…por grandes coisas…por pequenas coisas…a curto prazo e a longo prazo...e nada nos sacia...nada nos preenche…
Quando mais enchemos o espaço físico vazio à nossa volta…mais ocos nos sentimos por dentro…
Tentamos compensar lacunas…substituir posses…e tudo, inevitavelmente nos acaba por cansar e aborrecer…
É um facto.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Ultimamente as pessoas cansam-me…mais do que já é habitual…chego sempre ao final com a conclusão de que eu e todas as outras pessoas somos completamente incompatíveis…e de nada adianta forçar as relações…e talvez o mal nem esteja nas restantes pessoas...é mais provável que o mal resida em mim…visto as outras pessoas parecerem sentir-se bastante confortáveis com as ligações sociais…

Mas eu não sei…suponho que os dias me tornam repulsiva…e não consigo evitar sentir que estou melhor solitariamente isolada algures…afundada no meu egoísmo… …fixada na minha vaidade vã… oculta no meu pretensiosismo…



Somos sempre devorados pelos monstros que criamos…não importa o quão os tentemos evitar…

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Não hoje…não agora…

E de repente, há um labirinto…um caos emergente nas fibras electrizantes das paredes brancas do espaço vazio…e eu permaneço sem me mover…e espero…espero por algo que não é suposto vir…não hoje…não agora…

Porquê esperar por algo que sabemos à partida que não virá?
Haverá algum conforto em enganarmo-nos assim?


E eu sinto que vou para qualquer lugar…e não vou a lugar algum…não hoje…não agora…
Adio os dias…os momentos…adio-me …como se ainda não tivesse chegado a minha hora…vai chegar…sei que vai chegar…mas não hoje…não agora…
Caminho aos solavancos por aí…caminho como se soubesse para onde me direcciono…caminho como quem caminha num deserto, muitos quilómetros na esperança de encontrar um oásis perdido algures…e um dia encontra…mas não hoje…não agora…


Os dias sucedem-se com um sabor ácido…hostil…há algo no meu mundo que se perdeu...e eu não sei onde o procurar ou se o devo procurar… ou se devo aceitar passivamente que algumas coisas na vida são mesmo assim…estão destinadas, à partida, a escaparem-se das nossas mãos…


Talvez um dia eu compreenda tudo isto…talvez um dia eu encontre um rumo…mas não hoje…não agora…