terça-feira, 30 de maio de 2006

Revolta...aquele sentimento que chega sempre

Isto tudo me provoca uma certa revolta interior...o facto de estar aqui e não conseguir estar ao mesmo tempo é insuportável...sinto que já não há hipotese de conseguir chegar até onde quero...falta-me o ar e a coragem...agora ainda queria ser aquilo que sempre tentei em vão ser...agora ainda queria subir e não ter que cair de novo...mas falta-me a esperança...a vontade verdadeira de triunfar...afinal porquê escrevo eu estas palavras que ás vezes nem percebo?será que um dia terão algum sentido? não adianta fugir-mos de nós próprios...não adianta fingir-mos que somos o sorriso que vemos todos os dias em nós...de nada serve lamentar o tempo que passa e teima em arrastar com ele fragmentos das nossas vidas...é sempre dificil sermos algo que no fundo não somos...podemos fingir durante algum tempo...mas será sempre impossível se-lo a vida toda...há sempre pormenores que falham...peças que não se encaixam...hoje a minha revolta é a minha companheira...sempre presente...amanha tentarei fugir dela...mas de novo ela vai me encontrar...somos sempre vitimas de nós mesmos...dos nossos mistérios...das nossos pensamentos e desejos secretos...dos nossos medos...das nossas inseguranças...dos nossos caprichos...dos nossos sentimentos...somos sempre manipulados pelos nossos lados mais obscuros...há sempre faces diferentes do nosso ser que nos provocam e nos tentam conduzir a lugares para onde é sempre mais fácil fugir...

quinta-feira, 25 de maio de 2006

Já era tempo de uma revolução...

Que mundo cheio de idiotas..."pessoas" que acham que são perfeitas e por isso acham que têm o direito de julgar os outros...as maiorias ganham sempre...porquê? quem lhes deu esse direito? quero um mundo em que as maiorias sejam abolidas...quero um mundo onde todas as regras sejam quebradas!!!quero um mundo sem pré-definições ridículas do que é certo ou errado...bom ou mau...do que é aceitável ou não...quero um mundo onde as pessoas com ideias diferentes não sejam vistos como anormais...quero um mundo onde haja respeito pelas diferenças...quero um mundo onde haja algo novo...onde as coisas não tenham que ser como sempre foram...onde a vida não se torne demasiado prevísivel...quero um mundo...que sei que jamais vai existir...

quarta-feira, 24 de maio de 2006

Queria agarrar cada raio de sol...colocá-lo de mansinho dentro da caixa dos meus sonhos...cuidar de cada pedaço de luz como uma frágil flor...nunca deixar que o brilho se dissipasse...e um dia...libertá-los...um por um...sem que nenhum perdesse o seu rumo...e vê-los depois...a subir...no céu...e a levar com eles cada sonho meu...e sentir depois a pairar sobre mim...todos os pedaços da minha vontade...e acreditar que jamais cairiam...
Momentos...fecheio-os dentro do nada do meu longuíquo horizonte...lembranças...perderam-se no vento...tentei agarrar algo que ainda me mostrasse quem eu sou...se voltassem...ficariam?...se o passado regressasse fariam os dias sentido ainda?...se o ontem voltasse...quebrando as sombras...misturar-se-ia com as cores de cada fragmento do agora?

terça-feira, 23 de maio de 2006

Parece que caí.......................................................................................
....ás vezes nada tem que fazer sentido.....................................................
..........e é isso que dá todo o sentido.....................................................
.......Agora não há mais ar.....................................................................
..................................para onde vão os amanheceres?...........
............para onde correm os pedaços de tempo....que deixam de ser...antes de realmente ser................................
..................................Agora persigo o escuro.....................ou será o escuro que me persegue?
...............onde te escondeste?................ou será que agora fui eu que me escondi ?
...............................Que noite é esta? Que solidão cai agora sobre o meu olhar?.................................................................................................
....................................Agora parece que a chuva está á minha espera................para onde me levas?
............Que se abram as portas do abismo.....que as sombras se apoderem do agora...que nada mais fique aqui..................................
.................Vai....eu fico...mas ao ver-te partir...arrastas-me contigo.......
..........Perdi-me...encontraste-me....perdeste-me....encontrei-te....perder-te-ei....encontrar-me-ás......................................................
.......Porque ouves a minha voz? Porque teimas em fazer com que ouça
a tua ? ..............................................................................................
Agora não vou cair..........................

segunda-feira, 22 de maio de 2006

Enquanto cais levemente por entre as sombras e te deixas ficar num dia que teima em não terminar...enquanto ainda há um sopro de imensidão escondido atrás de cada pôr-do-sol...enquanto te procuro e estás aqui mas depois desapareces e já não sou eu...nem és tu...seremos nós ?...mas quem somos afinal ?...pensar que quase te alcançava por entre os meus sonhos...mas eu estive sempre acordada...não eram sonhos...eram ilusões presentes em mim...ás vezes quero que partas...outras vezes desejo que fiques sempre aqui comigo...para me sentir completa...quem me olha devagar ao longe?...quem me observa agora?...serás tu ?...serei eu?...ás vezes fecho os olhos para não te ver...e ouço-te bem do fundo a chamar por mim...ficarás comigo agora?...continuarás a observar-me ao longe?...estás sempre aqui...se eu partir seguir-me-ás...se andar mais devagar ainda ver-te-ei caminhar ao meu lado...

quarta-feira, 17 de maio de 2006

Há algo que caminha ao meu lado e eu não alcanço...há algo que me chama do fundo do nada...que me chama para me levar até onde eu quero ir...há sempre algo que flutua por entre as sombras...algo que paira por entre as sombras...algo que paira por entre tudo o que não é...tudo o que não existe...tudo o que nunca será ouvido...visto ou sentido...há uma voz que grita o meu nome do fundo do vento...há algo escondido atrás de cada fragmento de ilusão...algo que está presente em cada momento de escuridão da minha presença...talvez eu não encontre o amanhã em cada gota de chuva...talvez eu me esqueça de como se recomeça...talvez apenas fique em mim a memória do fim...quero que partas...que saias da minha ilusão...que voes para longe...que encontres a tua liberdade...e que me deixes também ser livre...talvez nunca vás...talvez fiques sempre aqui...caminhando ao meu lado em cada momento vago de incerteza...em cada dia longo de inconstâncias...ás vezes parece que preciso mesmo de sentir-te aqui...

sábado, 13 de maio de 2006

É inútil ficar...agora que já parti...são inutéis as palavras...agora que o silêncio faz muito mais sentido na minha vida...nem tudo fica bem no final...a chuva não acaba sempre por passar... há sempre razões para chorar..é inútil tentar mais uma vez...agora que já desisti...os gritos profundos em silêncio por entre as sombras da tempestade...os passos incertos na noite...queria mudar alguma coisa e depois fugir para longe...bem longe... tão longe que jamais voltasse...

Odeio!!

Odeio o tempo passado a fazer coisas só porque alguém me diz para fazê-las…odeio as palavras ditas para agradar...e os gestos só para impressionar...odeio ir para onde todos vão... ficar onde todos ficam...ser o que todos são...odeio ser igual...odeio as regras...odeio tudo o que é comum…odeio a falta de vontade própria...e a falta de originalidade...odeio as maiorias... odeio a perfeiçãoodeio as coisas certas...odeio a razão...odeio tudo o que é tradicional...odeio as coisas normais...as básicas...as ridículas, porque simplesmente são o que têm de ser e não evoluem...odeio o que todos adoram...odeio tudo o que é previsível...tudo o que não se opõe á naturalidade...odeio ser o que todos esperam que eu seja...odeio ser o que acham suposto ser...e odeio não conseguir odiar aquilo que queria odiar...

quinta-feira, 11 de maio de 2006

Onde estás agora? Continuo a procurar-te como antes...mas agora sei que jamais te vou encontrar...continuas a ser a minha ilusão perdida no fundo do nada...que é o tudo que não tenho...em momentos da minha vida julguei que perdera a minha memória de ti...julguei que se apagara de mim o brilho do teu sorriso...e a profundidade do céu do teu olhar...pensei que tudo de dissipara da minha vida...julguei-me livre dessa força que durante tanto tempo me aprisionou...e que de novo agora me aprisiona...

quarta-feira, 10 de maio de 2006

Memória perdida...

Ainda continuas aqui...em cada momento do meu tempo...em cada passo que dou...apesar de teres partido...continuas a ser tudo para mim...continuas a ser a memória perdida no fundo do meu olhar...continuas a ser o nada na minha vida...a ilusão que se afasta por entre a chuva...ainda és a minha razão...sem sentido...és a minha cura...e a minha maior doença...a maior de sempre...será que para sempre?

"...Olhei para trás...e ainda lá estavas..."

segunda-feira, 8 de maio de 2006

Enquanto o dia cai...eu voo sobre as asas do vento...desprendo-me de tudo...às vezes gosto de abandonar as coisas...de sentir o que é nao ser..não estar...
Agora quero apenas que partas definitivamente...desta vez para sempre...e um dia...mesmo que voltes...que eu não note a tua chegada...que fique assim...no vazio da ausência...na liberdade da perda...

domingo, 7 de maio de 2006

Noite...

Noite...múrmurios de mais um dia que passou...notas soltas num papel rasgado...fragmentos de luz perdidos no horizonte...correntes de ilusão esquecidas numa janela...e dentro de uma noite que não tem fim...por entre as sombras de uma escuridão vazia e sem reflexos...eu fico...mergulho no silêncio de cada gota de nada...perco-me por vagos momentos de luz que me sufocam com o ar que não chega para poder ficar...e é sempre assim quando nada mais há a esperar...quando tudo o que resta é o tempo perdido...

sexta-feira, 5 de maio de 2006

Passei a odiar os dias, as noites e os amanheceres...o vento, a chuva...e até o sol...passei a odiar as vozes, os sorrisos...os gestos e os olhares...os sons e os silêncios...passei a odiar os momentos...as horas...o fim do dia...passei a odiar o tempo...desde que partiste...

Um sentimeno de revolta vindo não sei de onde...

Como explicar esta revolta em mim?...este sentimento que não passa...que vem e fica em mim como uma brisa gélida que entra na pele e se entranha no coração...como explicar que por mais que tente não consigo parar todas estas sensações de desespero que caem sobre mim...como fazer dissipar todas estas sombras que me envolvem?...como simplesmente afastá-las e fazer com que não voltem?...