domingo, 27 de junho de 2010

Sabes…fui embora.
Mais uma vez… fui...
Um dia talvez volte de mãos vazias e sem nada para dizer.
Hoje para ti apenas tenho uma história triste. Uma história que nunca te contei.
E que também não te vou contar hoje.

Nada mais me importa.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A minha vida não pode ser corrigida.
Eu não consigo corrigi-la. Em vez disso apenas continuo a arruiná-la.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Não sei me expressar. As palavras são cruéis. Ambíguas. Ácidas.
Cansei-me de andar. Parei. Não pretendo ir mais longe. Não sei ir mais longe.
Saturei-me das imagens que ocorrem á minha volta. Umas estáticas. Outras em movimento. Não consigo processar mais informação exterior.
Enlouqueço com facilidade. Sou paranóica. Alucino frequentemente.
Não consigo extrair a realidade do emaranhado de delírios da minha mente.
Não consigo…nem quero.
Já fui tantas pessoas. Já não sei quem ou o que sou. Nunca consegui seguir um padrão.
Sou repetitiva. A minha linha de raciocínio está bloqueada. E riscada como um CD.
Costumavam-me dizer que eu não gostava de nada. Mas na verdade, eu apenas não gosto de gostar das coisas. Mas ás vezes acabo por gostar de uma coisa ou outra que não consigo evitar.
Gosto de me esconder atrás de metáforas, eufemismos, disfemismos, analogias, alegorias, anáforas, pleonasmos, antíteses, paradoxos, hipálages, personificações, sinestesias, animismos e advérbios de modo…
São uma forma de camuflagem tão legítima como qualquer outra.
Costumo falar sozinha. Sempre preferi monólogos em detrimento de diálogos.
Suponho que as pessoas me acham estranha. E às vezes riu-me imenso a pensar nisso. E imagino formas para lhes dar razões para consolidarem essa ideia.
Passo a vida em constante procrastinação. O momento a seguir é sempre o mais apropriado para fazer o que quer que tenha para fazer. Mas depois ainda há um momento seguinte melhor. E o ciclo não tem fim. Também costumo rir a pensar nisto.
Muitas vezes tenho que fingir sentir alguma coisa. Porque é aterrador sentir que não se sente nada. E deixar demonstrar isso ainda é mais inquietante.
Are you lost somewhere?
Are you stuck in your own path?
Have you run out of faith in life?
Are you screaming in silence in the middle of the night?
Are you begging for some help that seems now nowhere to be found?
Where are you going to?
What are your expectations? Do you have any? Or have lost it all along the way?
Are you trapped in useless moments and pointless conversations in random places?
Is your head completely messed up with thoughts you can no longer bear?
Are you suffocating in regrets?
Is loneliness killing you?
Between heaven and hell
Between sanity and madness
Between day and night
Between reality and delusion
Between refuge and edge
Between rise and fall
Between hope and desolation
Between pleasure and misery
Between clarity and blindness

sábado, 5 de junho de 2010

Tell me that you forgot it. Tell me that you understand it.
Tell me I must leave now and you will stay.
Tell me that it’s over. Tell me that all the noise is gone and only the silence remains here.
Tell me to close my eyes and to sleep. Tell me to breathe.
Tell me that the past is useless now and you don’t care about what happened.
Tell me that’s alright. Tell me that I was wrong.
Tell me that there is a purpose. Tell me that our actions aren’t meaningless.
Tell me we are real.
Tell me something. Anything will do.

24 hours of ordinary madness

Too drunk to remember…too sober to forget…
Do you understand or are you just pretending?
Is this real or only a delusion?
The inertia of this place took control of you.
Life should be so simple…I know you know…but now everything is a maze…
Too drunk to remember…
Now that everything is dark, can you believe there is a light at the end of the way?
“The truth will set you free”, they say…but you know that the truth only will set you on fire.
Too sober to forget …
How far can you go on like this?
You’re not going anywhere, are you? You’re just walking random between hours and places...

And again…the clock had stopped…and always in the same position.

Have you notice?

terça-feira, 1 de junho de 2010

Somos o que somos.
Nunca fui a mais bonita, a mais divertida, a mais simpática, a mais carismática.
Nunca fui a mais faladora, a mais inteligente, a mais bem vestida.
Nunca fui a mais efusiva, a mais enérgica, a mais interessante.
Nunca fui a “queridinha” de todos, a primeira escolha.
Nunca fui indispensável, necessária, fundamental…e qualquer outro sinónimo…
Nunca fui levada a sério.
Houve tempos em que tentei lutar contra isso, achando que precisava de contrariar essa realidade, mas cedo me apercebi que era inútil
Somos o que somos.
(independentemente de como os outros nos vejam…)
A parte de mim que tentou lutar contra isso, morreu há muito…morreu tentando, sem tentar, no fundo, muito…
Essa parte deu lugar a outra parte de mim…e decidi, então, fazer disso um estilo de vida, e tentar descobrir uma posição vantajosa no meio de tudo.
Pouco a pouco, apercebi-me de que pessoas como eu, não criam quaisquer expectativas nos outros.
Pessoas como eu são irrelevantes e descomprometidas com o mundo.
E sem expectativas, relevância e compromissos… somos livres.
Quando chegamos ninguém nos espera…a nossa permanência é neutra …e quando partimos ninguém se apercebe.
Estamos sempre rodeados de uma enorme solidão. É um facto.
Mas solidão nada mais é que liberdade.
Somos o que somos.
E pronto.