quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Eu não sei se na verdade ainda te vejo aí…

Não é real…e quanto mais penso que não é real, mais real se torna
E quanto mais penso que não estou a viver isto…mas o sinto…

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008


Estou condenada a um desespero contínuo…a não encontrar as coisas que estão terrivelmente fáceis de encontrar …a desejar o infinito inimaginável…e a conquistar o vazio imensurável…

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Combinámos no sítio de sempre…á hora de sempre…
As horas passaram desenfreadamente …mas eu achei que o tempo tinha parado…
No final senti que aquele momento não tinha acontecido…que nós não tínhamos sequer existido…

A vida tal como ela é… terminou…não que tenha havido necessariamente um momento em que eu vi tudo o que existia desabar ali á minha frente, qual castelo de cartas…foi um processo gradual…dia após dia eu observei essa mudança…que culminou num dia em que me apercebi que todos os dias até àquele dia tinham acabado…tinham-se esgotado…eram poeira inútil acumulada no tempo…vi que tudo o que eu havia sido antes era apenas uma ilusão…um sonho que tive…mas nesse dia, sim… nesse dia a mentira forçou-me a encarar a verdade…a verdade pura da minha existência… e tudo o que ficara para trás......tudo fora uma miragem…

Sim…combinámos no sitio de sempre…na hora de sempre…mas o sitio de sempre já não era o mesmo…e a hora de sempre havia mudado

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Resoluções...

Eu sempre gostei de pensar que conseguia resolver as coisas… sempre achei que resolvia as coisas…mas quanto mais penso na resolução das coisas…menos as resolvo…a minha mente devora-me numa corrida desenfreada rumo ao delírio…e eu não resolvo as coisas…as folhas de papel amontoam-se pelo meu quarto…e não estão resolvidas…
De facto eu não resolvo nada…procuro apenas saciar-me com o prazer de coisas momentâneas… imediatas…e as coisas imediatas, são isso mesmo: imediatas…efémeras…
E as palavras…as palavras por si só não resolvem nada…não provocam frio nem calor…não param o trânsito…não molham…não queimam…são inúteis…
Os sentimentos…esses nem tentam resolver nada…acomodam-se a um canto como sacos velhos cheios de coisas que já não usamos…mas que teimamos em guardar porque um dia acreditamos que vamos precisar delas…
Eu gostava de resolver as coisas…fazer uma lista de tudo…e resolve-las uma por uma…e depois arranjar novas coisas para resolver…e viver para sempre neste ciclo de resoluções…mas iam haver sempre coisas por resolver…e eu ia ficar igual ao que estou agora…com coisas por resolver…
Afinal no que diferem as coisas resolvidas das coisas por resolver? O que decide se as coisas estão resolvidas? Ou se não estão?
Passei a tarde toda a pensar… e não pensei em nada…muito menos resolvi alguma coisa…