domingo, 10 de fevereiro de 2008

Resoluções...

Eu sempre gostei de pensar que conseguia resolver as coisas… sempre achei que resolvia as coisas…mas quanto mais penso na resolução das coisas…menos as resolvo…a minha mente devora-me numa corrida desenfreada rumo ao delírio…e eu não resolvo as coisas…as folhas de papel amontoam-se pelo meu quarto…e não estão resolvidas…
De facto eu não resolvo nada…procuro apenas saciar-me com o prazer de coisas momentâneas… imediatas…e as coisas imediatas, são isso mesmo: imediatas…efémeras…
E as palavras…as palavras por si só não resolvem nada…não provocam frio nem calor…não param o trânsito…não molham…não queimam…são inúteis…
Os sentimentos…esses nem tentam resolver nada…acomodam-se a um canto como sacos velhos cheios de coisas que já não usamos…mas que teimamos em guardar porque um dia acreditamos que vamos precisar delas…
Eu gostava de resolver as coisas…fazer uma lista de tudo…e resolve-las uma por uma…e depois arranjar novas coisas para resolver…e viver para sempre neste ciclo de resoluções…mas iam haver sempre coisas por resolver…e eu ia ficar igual ao que estou agora…com coisas por resolver…
Afinal no que diferem as coisas resolvidas das coisas por resolver? O que decide se as coisas estão resolvidas? Ou se não estão?
Passei a tarde toda a pensar… e não pensei em nada…muito menos resolvi alguma coisa…

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