domingo, 28 de setembro de 2008

Sem nada para fazer neste domingo chuvoso, eu dou por mim a pensar “porque não estás aqui?”...os dias passam devagar …ou muito depressa…e nada permanece em mim… toda a realidade é crua…nada tem sabor…ou eu não saboreio nada …todos os sabores me passam pela boca sem que nenhum fique…não que me sinta infeliz…não sinto, sabes…podia sentir, não é? Mas não sinto…acho que de certa forma aprendi a viver assim…com este sentimento…
Sem ti é como se tudo o resto já não fizesse sentido …estou caída na rua enquanto o mundo passa por mim sem reparar…
Eu não sei o que poderia dizer agora ou o que seria se as coisas pudessem ser diferentes…eu jamais pensei que ao olhar para trás mudaria as coisas, nunca mudam mesmo quando nós tentamos muito…quando nos esforçamos mesmo…

sábado, 27 de setembro de 2008

Nada mais pode ruir-me agora…estou onde sempre quis estar…pouco a pouco subo mais um degrau …ainda não atingi o topo…mas um dia após outro…vou seguindo em frente…nada mais me prende em lugar algum…sou um espírito livre sem pretensões …sinto que posso agarrar o mundo apenas com as minhas mãos…sem medos…sou a mesma pessoa de sempre…de ontem…da semana passada…do mês passado…sou a mesma pessoa de há anos atrás…mas agora sei que a vida é uma viagem cheia de inúmeras possibilidades…que se uma falha…muitas outras de apresentam á nossa frente…não há nada a temer…eu já não temo...já não fujo e nem me escondo…a vida é o que tem que ser…sem mais nada… de nada adianta fingir-se que se é o que não se é…de nada adianta fazer escolhas que nos afastam daquilo que realmente queremos...

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Ás vezes não sei o que me dá…estou para aqui a vaguear em pensamentos…frases…ideias…coisas ocas…opacas…divisões…janelas…jardins intermináveis…chaves…folhas de papel desocupadas …casas…árvores secas caídas…e eu…a minha imagem desfocada num vidro de um carro que passa apressadamente por mim na rua…pensamentos vazios aqui e ali…paredes que se erguem á minha passagem…e eu não sei se é de mim…ou os dias estão a passar cada vez mais depressa…

sábado, 20 de setembro de 2008


Libertei a minha alma no entardecer...quando a lua espreita pela colina e eu sou felicidade...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Há em tudo o que me rodeia agora uma certa fragilidade…os objectos não permanecem nos mesmos lugares…as cores estão em constante mutação…os sons são imperceptíveis …
Permaneço a observar o horizonte sem pensar em nada…pela primeira vez não tenho expectativas nem planos… apenas sou o momento que se esgota de mim…apenas sou a luz que cai sobre a minha pele…apenas sou o ar que me rodeia…

Os dias já não são os mesmos…tudo se altera a casa minuto que passa….

Apenas a velha árvore permanece intacta face a todas as intempéries…apenas ela me olha sem pressas…a mostrar que o caminho é longo mas que eu tenho que ir devagar…