sexta-feira, 28 de abril de 2006

A vida continua...

Preciso de um novo amanhecer repleto de sol e de uma brisa que me transporte para onde eu quero estar...mas nada é tão simples assim...como ás vezes penso que pode ser...mas a vida continua numa imensidão de sonhos perdidos...num sopro de tudo e de nada...num frio da noite que vem e teima em ficar...num aparente sorriso ao entardecer...num olhar escondido por entre as cores do tempo...não digas que acabou...nunca acaba assim...nunca o fim percebe o movimento das sombras... quando tudo é apenas lágrimas e escuridão...desejava poder escolher o som da minha vida...e tentar ouvi-lo sempre que me perdesse...desejava poder partir agora para longe...partir...e não olhar para trás...partir...e ter a certeza de que ficaria...para sempre...quantas vezes num assombro de insanidade tentaste perder-te por entre as imagens que te surgem nas memórias...quantas vezes tentaste fugir do tempo...tentar alcançar os momentos que perdeste...os momentos que fugiram de ti...quantas vezes deste por ti...a sentir aquele cansaço em todos os teus sentidos...queres recuperar as esperanças...mas será tarde demais?...precisas apenas de um novo amanhecer repleto de sol...e dessa brisa...que te transporte para onde queres estar...

quinta-feira, 27 de abril de 2006

Um novo dia...

Passou a noite...o dia chegou por entre as brumas do passado...senti-me perdida...o sol brilhava...mas eu não conseguia ver a sua luz...andei...vagueando por entre a multidão que se arrastava pela rua...procurei-me por entre os rostos que surgiam aleatórios no meu caminho...quanto tempo terei ainda de caminhar até me encontrar?...será que alguma vez me vou encontrar?...a multidão não pára na sua caminhada incessante..eu também continuo...há alturas em que sinto que é inutil o caminho que percorro dia após dia...que é um sonho vazio...sem rumo...quem sou eu afinal? para onde me levam os meus passos? será que um dia estarei tão longe que me posso ver? ou será que nunca sairei do mesmo lugar?...que horizonte é este que surge à minha frente?...e que se afasta sempre que o tento alcançar...

quarta-feira, 26 de abril de 2006

Hoje...

Hoje quero apenas esquecer...tudo o que aconteceu...tudo o que disse ou fiz...tudo o que me perturba por dentro...tudo o que vem e não vai embora.. e tudo o que parte...e eu não esqueço...hoje quero apenas adormecer..para sempre...e que o sono leve as marcas da minha caminhada...hoje quero que não haja ontem nem amanha...que fique apenas a certeza do agora...o leve fluir do momento presente...perdido entre o sempre..e o nunca...

terça-feira, 25 de abril de 2006

Agora estás aí...saiste de dentro da tua própria existência...quebraste todas a barreiras do teu ser...agora estás aí...voaste...tão alto...agora partiste realmente sem dizer onde...levaste as sombras...e ficou o sol...levaste o vento...e ficou a brisa da manhã...levaste a chuva...e ficou um arco-írís...foi dificil...mas agora é fácil...agora será sempre mais fácil...partir...porque é que a chuva cai lá fora?...ou será dentro de mim? poder-se-à partir ....e ficar... ao mesmo tempo? poder-se-à ouvir os nossos passos enquanto nos afastamos...e continuarmos aqui?...poder-se-à acordar sem nunca ter adormecido?...agora que as estrelas caem sobre mim...e a lua se apagou à minha passagem...agora que o tempo vazio arde na minha voz...agora que o silêncio é a madrugada perdida levada pelo vento...agora será sempre mais fácil partir...

domingo, 23 de abril de 2006

Desejava poder apagar da minha memória todas as coisas que me perturbam...e transformá-las em em breves suspiros no tempo...desejava poder agarrar em todos os pedaços dolorosos da realidade e tranformá-los em simples ilusões...viver...morrer...e nascer de novo...reinventar a minha vida...uma e outra vez...vezes sem conta, sem nunca perder a vontade de continuar...

sábado, 22 de abril de 2006

Longe...tão longe como o horizonte...horizonte onde me perco...horizonte que se perde de mim..livre...tão livre como o vento...que vem e vai..Bold.sem barreiras ou obstáculos...

quinta-feira, 20 de abril de 2006

De volta...

De volta esta tristeza que me sufoca...este desespero que me consome...de volta esta vontade de fugir...não sei bem de onde...nem para onde...de novo os dias passam...sucedem-se um após outro mergulhados em momentos sem sentido...de novo tudo...dia após dia...se tranforma em mágoa...queria apenas encontrar algo a que pudesse chamar de felicidade...e acreditar que poderia durar para sempre...

domingo, 16 de abril de 2006

Hoje não vou ficar aqui a lamentar-me da vida e de tudo...também não vou escrever sobre as minhas ideias sobre a minha existência...não vou acupar mais uns minutos da minha vida em filosofias dolorosas sobre a tristeza...nem vou sequer escrever sobre o que sinto ou o que penso...hoje simplesmente vou limitar-me...a pensar...

quinta-feira, 13 de abril de 2006

Um dia compreenderás...

Um dia compreenderás...todas as lágrimas que agora caem e penetram a tua alma...um dia compreenderás...todos os momentos que agora parecem não se encaixar na tua vida...todas os pensamentos sem sentido que te ocorrem...todas a palavras que saem...e que por vezes te magoam...aquelas que não saem e que ainda te magoam mais...um dia perceberás a razão das coisas que agora te perturbam...um dia entenderás porque nunca pudeste ter a resposta a todas as tuas perguntas...um dia terás que compreender que o passado tem que ficar sempre para trás...

terça-feira, 11 de abril de 2006

Estar de volta...

É bom estar de volta...digo isto com as lágrimas a cairem...mas hoje não são de tristeza...são de alegria...de saudade...é bom regressar após algum tempo...rever a nossa felicidade por entre as simples levezas da vida...é bom não encontrar mais razões para querer fugir...é bom perceber que há sempre um lugar à nossa espera que pode estar longe mas que no fundo está sempre lá tão perto ...um lugar onde sentimos que somos sempre esperados...e um lugar que esperamos sempre...

segunda-feira, 10 de abril de 2006

Razões de esperança...perdidas algures

Estranho quando damos por nós a arranjar razões para fugir do tempo...estranho quando ficamos presos a uma ilusão que se esgota...mas depois queremos fugir...deixar de sentir o sofoco das nossas palavras...quebrar as correntes de tristreza que nos prendem como se jamais nos quisessem libertar... queremos respirar de uma vez todo o ar que nos permita viver para sempre...chega o dia em que cada parte do nosso ser esgotou todas as forças para continuar a permanecer na sombra do passado...na insegurança das lembranças...chega o dia...que pode ser ainda hoje...em que abrimos os olhos e deixamos entrar em nós a luz de de cada amanhecer...sem remorsos ou barreiras que nos impeçam de voar sem medo de cair...chega o dia...talvez mais cedo do que esperávamos...em que deixamos que morra em nós a vontade obcessiva de escapar da vida...