quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Depois de uns tempos, acabei por achar que estava errada sobre muitas coisas...e completamente certa noutras...fugi demasiadas vezes...e começo a pensar que agora acabei por conseguir voltar...o que se pode fazer depois de acharmos que está tudo perdido?bem... há mais para viver...o mundo vai continuar a girar da mesma forma...os dias vão continuar a passar...as estações vão continuar a mudar...tudo continua...não importa o quão miserável eu me possa sentir...o quanto eu possa querer desaparecer...é indiferente...bem...se de qualquer forma não vou poder mudar o mundo...resta-me apenas procurar-me um pouco por entre a multidão...aproximar-me de mim mesma...olhar-me nos olhos...confrontar-me..pela primeira vez...e depois tentar caminhar ao meu lado...observar o mundo com os meus olhos...e depois talvez consiga encontrar os outros...e depois talvez consiga estar nas coisas...ser os momentos...não vou pedir que me compreendam..pois se até eu ainda não me consegui compreender...não vou, tão pouco ,pedir que concordem comigo...que me elogiem...que me sorriam...que me chamem...só por que tem que ser...só porque "fica bem"...na verdade só tenho um único pedido a fazer...que se encontrem no meio da grande multidão que se arrasta por aí...que não tenham medo de correr atrás de vós mesmos...que agarrem nas vossas mãos...que se confrontem...encontrem-se...e depois sentirão como se econtrassem a vida pela primeira vez...como se vissem os outros pela primeira vez...será como acordar e respirar de mansinho o ar da manhã...

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Agora perturbam-me outras coisas que não compreendo...ou será este meu desejo obcessivo de ter algo que me perturbe? bem...talvez eu queira mesmo que algo me faça sentir miserável...triste até não conseguir mais...acho que é uma necessidade que tenho...estar mal...e desejar ainda estar pior... não me satisfazer com uma simples dor...querer uma dor ainda mais forte...achar que todas as lágrimas são poucas...achar que a felicidade não me pertence...sentir que nada faz sentido...querer fugir da vida...desejar a morte...

domingo, 26 de novembro de 2006

É tarde demais...porque continuarmos aqui?

sábado, 25 de novembro de 2006

E de repente foi como se toda a música parasse...e eu continuo..sigo o silêncio...

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

I want to die alone...drinking my own blood...

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

I'm trying to kill this pain...I'm trying to reach out for some air... for some piece of freedoom...but no matter how hard I try...everything keeps running on from me...

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Talvez tenha dito coisas que te magoaram e a nossa felicidade seja triste...talvez tenha fugido de ti demasiadas vezes..e hoje já não saibas realmente onde estou...um dia tentámos que tudo fosse diferente...mas acabou por ser tudo igual...e ficámos sem esperança...tentámos recomeçar...mas perdemo-nos facilmente...as vezes ainda me pergunto para onde fomos...as vezes ainda gostava de saber quem somos agora...no que nos tornámos...o que procuram os nossos olhares...agora resta-nos apenas caminhar ao lado de todas as palavras que não dissemos e que devíamos ter dito...de todas as palavras que dissemos e que apenas nos magoaram...de todas as coisas que fizemos e que foram inúteis...e de todas as que não fizemos...e que eram as mais importantes...

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Hoje não vou escrever nada...
hoje vou apenas preferir o silêncio...

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Por vezes ando à deriva e não sei quem sou...olho-me ao espelho e não sei o que vejo...ás vezes faço batota e vou por atalhos que acabam por não me levar a lugar algum...há uma tendência em mim para ser o que realmente não sou...há uma razão em cada pensamento meu que desconheço...se um dia pudesse ao menos não me cansar tanto de mim mesma...se ao menos eu encontrasse um sorriso no meio da confusão...de nada adianta correr quando o tempo nos mata...quando sentimos que morremos um pouco a cada momento que passa...

Que loucura maravilhosa...

Ás vezes fujo e escondo-me...
E ás vezes choro enquanto rio...
Ás vezes grito em silêncio...
Outras vezes apenas me culpo...
Ás vezes finjo que estou aqui..
E ás vezes finjo que fui embora...
Ás vezes faço o que quero...
Outras vezes apenas sonho...
Ás vezes perco-me...
E ás vezes encontro-me...
Ás vezes desperdiço o meu tempo...
Outras vezes apenas te odeio...
Ás vezes mato a minha dor
E ás vezes magou-me a mim mesma...
Ás vezes fico sozinha na chuva...
Outras vezes estou aterrorizada por dentro...
Ás vezes ilumino a minha escuridão...
E ás vezes fico sem palavras...
Ás vezes adoro a minha loucura...
Outras vezes apenas odeio o mundo...

terça-feira, 7 de novembro de 2006

E depois quis que acabasse o dia... quis que viessem as sombras e me levassem para longe...quis que as vozes se transformassem em cores de silêncio...depois desejei ser eu apenas o vazio da noite...o sol que se esconde no horizonte...quis ir e voltar para sempre...quis que de repente não houvesse mais luz para me ofuscar...acabei a sentir-me dentro de um pouco de mar...acabei fechada na imensidão de todas estrelas...e num só momento tentei sair de mim mesma e ser todo o universo...fugir de toda a realidade...fui feliz? não...acho que não...a felicidade acaba sempre por me matar...

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Agora sei que foste embora para sempre...e nem te vi partir...sim eu sei...também eu já tinha partido...talvez tenhas partido agora para me castigar...para que eu perceba que o mundo continua faça eu o que fizer...que nada adianta eu achar que todas as pessoas e todos os momentos vão ficar á minha espera...á espera das minhas decisões...das minhas escolhas...mas sei agora mais do que nunca que foi o fim...

sábado, 4 de novembro de 2006

Estas coisas indefiniveis que me baralham...

Sabes...havia um tempo em que eu acreditava que conseguia continuar a minha caminhada sem pensar em coisas absurdas...sem que me ocorresem pensamentos que me baralhassem...mas a noite é escura demais e acho que me perdi...um dia acordei e queria ser tanta coisa...e acabei por não ser aquilo que eu era na verdade...sabes...quando parece que vais a todos os lugares excepto aqueles onde realmente querias ir? ou quando parece que estiveste uma vida toda à espera de uma coisa...e quando finalmente a encontras...simplesmente a deixas escapar?e ficas a observa-la a afastar-se ao longe...como se isso te deixasse feliz...ficar ali a pensar que a podias ter agarrado...que podias ter mudado tudo...sabes...havia um tempo em que eu pensava que podia definir a vida...simplificá-la de modo a que a compreendesse...pensava que podia definir tudo...depois apercebi-me de que há coisas que são completamente indefiniveis...e decidi que o melhor era deixar tudo como estava...porque as coisas não-definiveis são de certa forma assustadoras...havia um tempo em que eu achava que podia ter as respostas de tudo...mas o tempo foi passando...e percebi que em vez de continuar a ter respostas...tinha cada vez mais perguntas...que para a maioria nunca consegui encontrar uma resposta...apesar de tudo...continuo a acreditar que há um lugar escondido onde cada um de nós pertence...e não adianta correr...um dia ...no momento certo...cada um de nós o vai encontrar...pode ser mesmo hoje quem sabe...assim de repente...pode ser amanha...no próximo mês...daqui a anos...ou pode levar a vida toda...mas ás vezes parece que nada tem piada...e não tem mesmo...ás vezes parece que por mais que tentemos acaba sempre tudo em pequenas grandes tragédias diárias...

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

E bastava apenas ter feito uma escolha diferente...bastava apenas ter tido a coragem para seguir em frente...mas quando o medo nos bloqueia...tornamo-nos ridiculos e inutéis...deixamos de conseguir falar ou fazer seja o que for...de repente queremos fugir...e quando nos aprecebemos não estamos mais em lugar algum...quando vemos que já fugimos de todos os lugares...perdemo-nos...e pensamos sempre que amanha vai ser diferente, que vamos conseguir...mas o amanha é sempre adiado...o amanha nunca chega...e ficamos sempre presos numa confusão de tempo...de incertezas... e é sempre assim quando decidimos fugir de nós próprios...quando escolhemos aquilo que sabemos que não devíamos ter escolhido...quando optamos por ficar a observar a nossa própria queda...quando nos limitamos a ficar a olhar ao longe-com ar de desprezo-o nosso declínio...quando temos a certeza que por mais que o tempo passe...tudo vai ficar na mesma...quando nos viciamos demasiado na escuridão...