sábado, 4 de novembro de 2006

Estas coisas indefiniveis que me baralham...

Sabes...havia um tempo em que eu acreditava que conseguia continuar a minha caminhada sem pensar em coisas absurdas...sem que me ocorresem pensamentos que me baralhassem...mas a noite é escura demais e acho que me perdi...um dia acordei e queria ser tanta coisa...e acabei por não ser aquilo que eu era na verdade...sabes...quando parece que vais a todos os lugares excepto aqueles onde realmente querias ir? ou quando parece que estiveste uma vida toda à espera de uma coisa...e quando finalmente a encontras...simplesmente a deixas escapar?e ficas a observa-la a afastar-se ao longe...como se isso te deixasse feliz...ficar ali a pensar que a podias ter agarrado...que podias ter mudado tudo...sabes...havia um tempo em que eu pensava que podia definir a vida...simplificá-la de modo a que a compreendesse...pensava que podia definir tudo...depois apercebi-me de que há coisas que são completamente indefiniveis...e decidi que o melhor era deixar tudo como estava...porque as coisas não-definiveis são de certa forma assustadoras...havia um tempo em que eu achava que podia ter as respostas de tudo...mas o tempo foi passando...e percebi que em vez de continuar a ter respostas...tinha cada vez mais perguntas...que para a maioria nunca consegui encontrar uma resposta...apesar de tudo...continuo a acreditar que há um lugar escondido onde cada um de nós pertence...e não adianta correr...um dia ...no momento certo...cada um de nós o vai encontrar...pode ser mesmo hoje quem sabe...assim de repente...pode ser amanha...no próximo mês...daqui a anos...ou pode levar a vida toda...mas ás vezes parece que nada tem piada...e não tem mesmo...ás vezes parece que por mais que tentemos acaba sempre tudo em pequenas grandes tragédias diárias...

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