sábado, 14 de fevereiro de 2015

Eu vi um Deus de duas faces
Um Deus sem nome e sem tempo.
Um Deus de sempre e para sempre.
Um Deus de luz e de escuridão
Vi um Deus que caminhava
por entre a multidão
E era a multidão.
Vi um Deus que caminhava
em mim
E era eu.
Eu vi a sucessão das estações
Eu vi o Deus a morrer nas trevas 
Para nascer de novo mais forte
no apogeu de todo o esplendor
De uma Deusa
Plena e casta
Mãe de toda a prosperidade. 
Eu vi a grande roda
dar uma volta completa 
Uma e outra vez sem cessar
Eu vi a água, o ar, o fogo e a terra
Numa dança harmoniosa,
num círculo perfeito...
Pois tudo o que for semeado será colhido.
Pois tudo o que nasce
Há-de um dia morrer.
E tudo o que morre
Renascerá...

Assim seja.

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