domingo, 28 de fevereiro de 2010

Não. Não me dêem canções de amor. Inúteis e ridículas.

Não. Não me obriguem a emocionar-me com finais felizes em filmes românticos.
Não. Não quero saber da beleza do pôr-do-sol.
Não me interessa o brilho nos olhos das pessoas felizes nas ruas. Dos seus sorrisos descomprometidos. Porém acorrentados.
Não me importa as palavras bonitas. As cores do arco-íris pintado no céu ao ritmo de um dia chuvoso de Primavera. E toda a poesia circundante de tal momento.
Não! Não me tentem fazer acreditar que a vida é bela e doce. Que as pessoas têm que ser boazinhas. Simpáticas. Amigas. Prestáveis. Solidárias.
Não me tentem impor normas de comportamento ajustado.


Há um padrão a seguir. Para cada situação que acontece, os outros esperam de ti uma determinada reacção. Um determinado comportamento.


E o que acontece se eu não corresponder a isso? Se me aborrecer imenso ser coerente?
Pior. Se eu não fizer sequer ideia de como me tenho que “comportar” de acordo com as várias situações.


Não. Mas as respostas têm que ser consistentes. Os outros têm que saber agir face ao que fazes, não podes simplesmente alterar a livre sucessão dos acontecimentos.
A vida é um sistema de estímulos – respostas predefinidas.


E se eu for de tal forma desajustada do meio que me rodeia, que não faça ideia das respostas predefinidas? Será melhor ir viver para uma ilha deserta?
Ou posso continuar passivamente a ignorar tudo?


Acorda! Acorda para a vida! Uma vez que seja tens que te impor na realidade! Não podes continuar o tempo todo com uma atitude apática face aos estímulos exteriores. Respostas. Tens que dar respostas. Tens que dar um passo qualquer. Eles vão achar-te extremamente estranha se continuares assim. E ninguém vai querer aproximar-te de ti porque te vêem como uma aberração.


Muito bem. Acho justo. Mas e se eu não me importar? É uma boa desculpa, não? Eu não me importo. E pronto. Passa. E se eu não precisar que “eles” se aproximem de mim? E se eu achar que “eles” é que são aberrações?


Não. Tu tens que aprender a viver em sociedade. A tomar atenção ao mundo que te circula.
Se toda a gente diz que aquela parede é amarela, porque é que tu teimas em dizer que ela é verde?! Ou pior muitas vezes chegas ao ponto de nem saber de que cor é exactamente a parede! E todos vêem perfeitamente que é amarela! É tão óbvio!
Porque és tão pouco astuta?!
Deixaste-te de tal forma prender na tua própria piada…que já não tem graça nenhuma…ninguém já se está a rir…nem tu…sempre foste péssima a fazer piadas…

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