quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

“As the blade moves closer…The reflection is brighter than the sun”

Está escuro…demasiado escuro para se ver…demasiado escuro para caminhar pelo vazio desta noite…

Está escuro.

E deixas que a escuridão te abrace…e vês…vês tudo…apesar de estar demasiado escuro para se ver…

E caminhas…apesar de estar demasiado escuro para caminhar.

Tens uma doença…e essa doença está a matar-te…

Na noite…na noite bem profunda…quando não há nenhuma testemunha por perto…o sangue rodeia-te…o sangue…o sangue que está demasiado frio…

O teu corpo está… frágil…caótico…

Estás a sofrer.

E está demasiado escuro para se ver…mas, no entanto, vês…a escuridão que protege a tua culpa…a tua doença…o teu insalubre vício…

Estás a reviver noites…

Uma após outra…colidem todas na mesma.

Caminhas…caminhas…caminhas…e acabas sempre no mesmo sítio…á mesma hora…no mesmo momento…

Há portas que nunca se deviam abrir…

Mas abres a mesma porta…uma e outra vez…e tudo de repente se sucede…a fita passa para trás e o filme tem sempre o mesmo fim…

Quando vais perceber que o fim culmina sempre da mesma forma?
Há memórias que as chamas não podem consumir…por muito espaço físico que elas devorem.

Os teus olhos estão em chaga…mas vês…

E caminhas…caminhas…apesar de estar demasiado escuro para se caminhar.

A luz é um espaço doloroso para as memórias.
É um espaço doloroso para ti.

O fim justifica os teus meios?
Já sabes o fim…ele repete-se continuamente na tua frente.
É o teu sonho inquieto.
Rasga essa inquietude de ti…rasga a tua pele…rasga a tua carne…rasga toda a tua consciência!

Deixa-te cair nesta penumbra infestante da noite.



És uma anomalia…






…estás a ter alucinações!

1 comentário:

Anónimo disse...
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