quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Percebi que estou no mundo dos crescidos, sem ter crescido ainda o suficiente.

De repente vejo-me numa empresa “`séria” com objectivos definidos …padrões de qualidade bem elevados …onde os números são bastante ambiciosos. Competição.
Vejo-me avaliada o tempo todo …e que o que faço está dentro de uma engrenagem que é maior do que eu …mas que os pequenos detalhes das minhas acções podem fazer a diferença pela positiva ou pela negativa. Vejo-me num meio onde há recompensas se fores realmente bom. Onde há consequências para todos se falhares. 

“A group of people  or a team?”

Sinto-me dentro de um “Mad Men” dos tempos modernos, onde cada um luta para manter as suas contas mais proveitosas mesmo que para isso tenha que se “vender “muitas vezes. Onde eu sou uma espécie de Don Draper aparentando que tudo está sob controle, mas que no fundo está perdido, fingindo ser alguém que não é e buscando a sua identidade. Ou será que sou uma Peggy Olson que de baixo, qual peixe miúdo, humildemente, tenta vingar entre os tubarões?
Sou um misto de ambos
Tal como a Peggy , que começou como uma simples secretária na agência “Sterling Cooper”  mas deu nas vistas, ganhou o seu lugar  tornou-se  numa dos grandes , ganhando o seu respeito, eu também comecei por “tapar buracos” , temporariamente , fazendo o que calhava , bebendo conhecimentos aqui e além, até um dia “me entregarem para as mãos” , assim muito de repente ,contas importantes da empresa  e ficar  mais na “spotlight”  .
Mas no fundo sou um Don Draper, que tentou cortar com o passado, vivendo de mentiras e fachadas, tentando aparentar uma responsabilidade, uma maturidade e uma confiança que não tenho e usando o álcool como o grande escape para expiar todas as fraudes quando o pano e a máscara caiem.

No final de contas, sou apenas uma louca que ansiava ter um emprego sério e estável, mas que nada mais é que uma uma escritora “wannabe” bêbada, solitária, que sempre se cansa das pessoas e da rotina.

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