quinta-feira, 15 de abril de 2010

A indulgente existência dos perdidos.

Se não sabemos do que andamos á procura…o mais provável é nunca nos apercebermos das coisas que encontramos. Tudo é bom, e tudo é mau.

Quando andamos muito tempo sem rumo, tudo é igual. É-nos indiferente o que nos vai surgindo pelo caminho. Algumas vezes encontramos coisas que nos prendem por uns tempos e acreditamos que possa ser aquilo que procuramos…mas na maioria das vezes somos foragidos do tempo.
Deslocamo-nos sem direcção…por aqui e por ali…sem qualquer emoção em relação a nada nem ninguém…tudo são apenas elementos aleatórios dos cenários que vamos encontrando…
Quando andamos sem rumo há imenso tempo, podemos transmitir para os outros a impressão de que aceitamos tudo passivamente…que não temos quaisquer vestígios de vontade própria…aceita-se tudo, de facto…sem dar muita… ou até nenhuma luta… e deixa-se estar…sem nada se dizer…sem se estabelecer uma posição…


É deprimente se pensarmos bem.
Mas a verdade é que não se pensa bem. Não se pensa, nem se age

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