terça-feira, 3 de março de 2009

Baile de Máscaras

Há dias em que te sentes tão inútil que nada parece ter consolação...sentes os músculos entorpecidos, e os teus olhos teimam em não querer abrir-se...
Há dias em que nada mais há a fazer, senão permanecer no véu apático do teu ser...nada dizer, nada fazer, nada desejar...nada esperar...
Há dias em que parece que o mundo decidiu conspirar contra a tua existência...
Sorte ou azar...já não sabes...
O que sentes...mata-te lentamente...

O que não sentes...abre feridas na tua alma...
O que vês...não é o que na verdade olhas...
O que ouves...não conrresponde aos sons reais...
O que dizes...não é o que pensas...
Vives os dias num disfarce contínuo, como se a vida nada mais fosse que um enorme baile de máscaras...desfilas por aí...misturas-te na multidão...

Será que no fim há algum prémio para o melhor disfarce?
Haverá alguma recompensa por todo o tempo em que andaste a fingir...por todos os dias em que adulteraste a tua imagem?
No fim...que propósito terá tudo isto?
Dias e dias...na imensidão do nevoeiro social...

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