sábado, 10 de janeiro de 2009

E vi-te...

E então vi-te... estavas ali á minha frente...e de repente não soube se eras real...ou se eras apenas mais uma alucinação...e de repente não soube mais de mim...fiquei ali presa mais uma vez...a ti...a noite em ti...á tua presença na noite...a tua inesistência em mim...o frio...o desconforto de estares ali mais uma vez á minha frente...tão perto...mas na realidade a uma distância enorme e dolorosa...
E vi-te...como te imaginei durante anos...e depois ali...estavas real como antes...
E...de repente nenhuma palavra pode surgir...nenhuma seria apropriada..e nenhuma podia existir já...todas já haviam sido aglomeradas a um canto pela força dos anos...
E vi-te...sim...vi-te...e não sei...ao ver-te...se te vi realmente..ou se mais te via quando te imaginava...
E vi-te...e de repente... tudo em mim parou...e o vento...as vozes...as cores daquela noite dissiparam-se todas por entre os contornos da tua imagem...
E vi-te...mas pela primeira vez, ao olhar-te...tu eras tu...e eu era eu...
E vi-te...após tanto tempo...e nada de impressionante se pode sentir num momento assim...

Sem comentários: